Prezados(as) professores(as) e queridos(as) estudantes,
É com o coração cheio de alegria que encaminhamos a vocês o livro Esmeraldas —uma contribuição à história de Minas, de autoria do professor Avelar Rodrigues, nosso pai. Esse trabalho é resultado de quase 30 anos de pesquisa histórica. Avelar levantou numerosos dados, NOTICIAS e registros para contar como foi o nascimento e o desenvolvimento desse município. A intenção não era apenas falar de um lugar e de um povo, mas também, e principalmente, buscar a história verdadeira da cidade, corrigindo equívocos e mostrando a importância de Esmeraldas para o estado de Minas Gerais. A primeira edição foi publicada em 1985, quando se celebrava o 250° aniversário da fundação de Esmeraldas. No ano de 2000, foi a vez da segunda edição, em comemoração ao 99° aniversário da emancipação político-administrativa do município.
Além de revelar o caráter ficcional e fantasioso das figuras dos "Três Irmãos Coelho" — que nunca existiram —, Avelar registra, em sua obra, o importante ano de 1735, quando Antônio Barbosa Leão, tendo se apropriado das terras onde se localiza hoje a cidade, edifica a capela em honra de Santa Quitéria, região que assim passa a ser nomeada, até que, pelo decreto lei 1.058, do ano de 1943, passa a se chamar Esmeraldas. O livro também revela que o município participou de acontecimentos decisivos para a história do país, tais como o Movimento da Independência, o Movimento Revolucionário de 1842, a Guerra do Paraguai e a Segunda Guerra Mundial.
A obra também trata de certas particularidades culturais observadas na cidade. É o caso da valorização da música, que sempre ocupou lugar especial no coração de seus habitantes. Avelar assinala que, além de abrigar talentosos instrumentistas, o município sempre privilegiou, por exemplo, eventos como as serestas, o teatro cantado e a banda de música (no caso, a Euterpe Quiteriense). Essa é, segundo ele, uma característica, que, durante muitos anos, refletiu-se no tipo de festa carnavalesca vivenciada durante anos pela cidade, bem como em outros festejos populares.
O desejo do nosso pai sempre foi o de que a cidade soubesse valorizar suas experiências nos campos político, econômico e cultural, de forma a garantir melhoria real das condições de vida, de lazer, de trabalho e de convivência na comunidade. Nesse livro, ele diz, ao final, que sempre acreditou na ampliação das possibilidades de construção de um futuro digno para a cidade e para o seu povo, inspirado na boa vontade, na justa intenção, na fé e no trabalho.
Também é esse o nosso desejo para os esmeraldenses.
Hila B. S. Rodrigues
Thaíse Silva Rodrigues
Avelar Rodrigues Júnior
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